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COVID-19 em crianças: A relação dos cuidados com a saúde das crianças e o retorno às aulas


Mayara Rabelo



O aumento dos casos de COVID-19 em crianças já vem alertando o Ministério da Saúde e Hospitais. O número de crianças internadas em hospitais particulares em São Paulo cresceu nos últimos meses, segundo uma pesquisa feita pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Laboratórios e Demais Estabelecimentos de Saúde do Estado de São Paulo realizada no mês de março.


Segundo a pediatra e voluntária no Horas da Vida, Dra.Flávia Damiani, as crianças precisam tomar os mesmos cuidados em relação as medidas de proteção ao COVID-19 do que os adultos. “Crianças transmitem menos e na maioria dos casos são assintomáticas ou apresentam quadros leves. O uso de máscara para maiores de 2 anos de idade e o uso do álcool em gel são as principais recomendações. Ainda é muito importante que as famílias mantenham o distanciamento social e o isolamento em caso de alguém doente”, explica.


O número de internações teve um aumento generalizado. Nesta segunda onda não podemos considerar somente grupos de risco. Jovens, pessoas sem comorbidades e consequentemente crianças estão sofrendo também neste período. A Sociedade Brasileira de Pediatria realizou uma análise no início de março deste ano comparando número de internações e óbitos em crianças de 0 a 19 anos entre 2020 e 2021. Concluiu-se que em 2021 as taxas de hospitalização e letalidade ainda estavam em valores inferiores quando comparadas às de 2020. “Estamos em um momento de sazonalidade de outros vírus e tivemos um aumento do número de internações em crianças por essas doenças também”, disse Dra.Flávia


Alerta aos primeiros sintomas

Os principais sintomas são febres, tosse e dificuldade para respirar. Porém, as crianças podem não apresentar nenhum dos sintomas do COVID-19. “Na maioria dos casos, crianças são assintomáticas ou apresentam quadros leves parecidos com resfriado. Podem apresentar coriza, dor de garganta, febre. Algumas crianças podem desenvolver quadros graves, com sintomas mais específicos”, revela a pediatra.


Quando consultar o pediatra?

Os pais devem consultar o pediatra quando a criança apresentar alguma anormalidade. O pediatra deve indicar o tratamento mais indicado para amenizar os sintomas da COVID-19. “Neste momento, aconselho todos os pais dos meus pacientes a me procurarem caso haja alguma anormalidade. Recomendo que evitem pronto socorro. Pode ocorrer quadros gripais ou de resfriado comum. Mesmo assim, é importante monitorar se o quadro está arrastado ou se há algum sinal de piora. Em caso de febre persistente, prostração e desconforto respiratório oriento procurar o pediatra imediatamente”, recomenda a Dra.Flávia.


Cuidados redobrados

Os pais devem explicar aos filhos a importância do uso da máscara no período em que ele estiver na escola ou ao frequentar lugares públicos e também reforçar com as crianças sobre a importância da troca das máscaras de proteção. “O ideal é a troca a cada 2 horas, mas depende do tecido e da idade da criança. Crianças menores tendem a precisar da troca com mais frequência. Sendo máscara de tecido, a recomendação é que a criança leve 2 ou 3 trocas de máscara para a escola. Lembrar que os pais devem adquirir máscaras adequadas para o tamanho do rosto da criança e ter certeza que está confortável”, reforça a pediatra.


A higienização das mãos é muito importante. Incentive as crianças lavarem as mãos com mais frequência. O uso do álcool gel também é outro aliado para se proteger do coronavírus.


Na presença de sintomas, procure um médico!

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