Mayara Rabelo
Para celebrar o Dia Internacional da Enfermagem (12), preparamos uma matéria para o Blog Hora da Saúde sobre os desafios do profissional de enfermagem na linha de frente da COVID-19. Compartilhar experiências também é uma forma de valorizar a profissão que salva vidas.
O profissional de enfermagem pode atuar em diversas áreas na saúde. Nos períodos de pandemia, os enfermeiros atuaram na linha de frente para promover a saúde e bem-estar dos infectados.
O que mudou na vida do profissional de enfermagem com a pandemia?
A enfermagem tem sido essencial no combate à COVID-19, atuando diretamente na linha de frente, na atenção primária com a prevenção e educação em saúde.
Segundo Camila Sartorato, enfermeira e gestora de projetos do Horas da Vida, a enfermagem tem um grande foco em olhar realmente para o paciente, detectando suas necessidades diárias, seus anseios e suas ausências, sendo a profissão que no momento tão difícil da pandemia tem se destacado por exercer seu trabalho de maneira humanizada.
“Os enfermeiros, técnicos de enfermagem e cuidadores sempre souberam da força que carregavam, longas horas de jornada de trabalho, sempre com muitas responsabilidades e baixo piso salarial. Mas com a pandemia, vemos com mais convicção de que a enfermagem tem muita relevância para a sociedade, esperamos que a sociedade também reconheça a importância do nosso trabalho e valorizem a profissão”, relata Camila.
Camila realizando atendimento
"Uma das definições da enfermagem é ser uma profissão que exerce a arte de cuidar de pessoas, com base nisto, vejo a enfermagem além de apenas uma carreira profissional, mas também como uma ferramenta que me possibilita alcançar pessoas através do cuidado, como uma missão de vida", Camila Sartorato.
O papel da enfermagem na sociedade
Os enfermeiros são responsáveis por promover práticas sociais, voltadas a promoção do bem-estar e podem atuar em diversas áreas na saúde. Por isso, é fundamental conhecer a importância da enfermagem nesse contexto.
A enfermeira Cibelli Cohrs já atuou em duas frentes da enfermagem: na unidade de terapia intensiva (UTI) e no ensino da graduação de enfermagem. Hoje Cibelli ensina alunos que estão se preparando para a profissão. Os alunos de enfermagem também tiveram que lidar com o impacto da pandemia e toda a rotina de estudos teve que ser alterada. “Foi necessário se adequar ao ensino online para parte teórica e novas rotinas para a execução dos estágios nas instituições de saúde. Para quem está na assistência direto ao paciente foi necessário se adequar as novas orientações para prestar a assistência aos pacientes de forma segura e novas rotinas para proteger a si e aos familiares”, ressalta.
Enfermeira Cibelli com suas alunas
"Na minha adolescência um tio me falou sobre o trabalho da enfermeira e o quanto ele achava importante, a fala dele me despertou o interesse em conhecer mais sobre a profissão, fui saber melhor sobre o que era ser Enfermeira, gostei e com uns 16 para 17 anos decidi que seria Enfermeira". Cibelli Cohrs.
Cuidar de quem cura
A pandemia fez com que a profissão do enfermeiro fosse ainda mais valorizada. As horas exaustivas nos hospitais, a pressão no dia a dia ao tentar salvar vidas do COVID-19 e o alívio quando um paciente recebe alta. Homenageamos a todos os profissionais de saúde, a equipe de enfermagem que sempre está preparada e disposta a ajudar quem mais precisa.
O Dia 12 de maio foi intitulado como Dia Internacional da Enfermagem e do Enfermeiro, celebrado mundialmente desde 1974. Florence Nightingale, uma pioneira da enfermagem moderna, que nasceu em 12 de maio de 1820.
Nightingale foi uma jovem que se rebelou contra o papel submisso que as mulheres exerciam na sociedade de sua época, destinadas ao casamento e à maternidade. Por isso, tornou-se enfermeira, uma profissão que era destinada às freiras. Ela fundou a Escola de Enfermagem do Hospital St. Thomas, onde iniciou o ensino de enfermagem sendo as primeiras enfermeiras diplomadas.
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