Por Camila Gonzaga
Toda comunicação é composta por um emissor e receptor, além da mensagem, canal e contexto. Porém no meio do caminho existem muitas alternativas que podem fazer a mensagem ser percebida de forma distorcida pelo receptor. Os famosos ruídos ou atritos na comunicação acontecem com bastante frequência em todos os ambientes possíveis.
Já a Comunicação Não Violenta (CNV) diz respeito a compreender princípios básicos (observação, sentimentos, necessidades e pedidos) que podem fazer com que a sua forma de se comunicar com o outro seja mais fluida, dando espaço para a empatia, gerenciamento de conflitos, mudanças, percepção do que afeta o outro e a escuta.
Duas palavras que mais gosto quando reflito sobre comunicação não violenta são: escuta e acolhimento. Considero algumas das habilidades mais bonitas e necessárias neste mundo com tanta informação, pressa e ansiedade. Para haver escuta é preciso pausar, olhar, respirar e concentrar no outro. Para haver acolhimento é imprescindível que haja escuta e empatia.
Tudo isso parece muito bonito, mas e na prática? No trânsito, na feira, na escola das crianças, no trabalho, como isso funciona na sua vida? Sabe aquela raiva que dá quando o motociclista não respeita o semáforo? Ou quando você leva um fora sem ter feito absolutamente nada com a outra pessoa e dá uma imensa vontade de revidar?
Pois é, situações como estas que mencionei são excelentes oportunidades para você praticar a CNV. Mas e o ambiente de trabalho? Será que o ensino superior tem se preocupado em formar profissionais que além da técnica, se preocupem com o ser humano que está ali na sua frente durante um atendimento?
É urgente aprendermos a tornar nossas relações mais humanas, verdadeiras, acolhedoras e respeitosas. É urgente entendermos que quando alguém nos xinga não é por nós, mas por ela própria. É urgente compreendermos nossas limitações e as limitações do outro para que as relações sejam mais realistas e harmoniosas.
Como você se relaciona com pessoas diferentes de você? Como você se relaciona com as crianças? E com pessoas idosas? Você já parou para pensar em seus principais pontos fracos?
CNV ou comunicação empática tem a ver com respeito e aceitação de erros e acertos. Tem a ver com saber que não somos os donos da verdade, que precisamos estar abertos a desconstrução porque cada ser humano é uma imensidão.
Aceitar isso já é um belíssimo começo.
Vamos em frente juntas e juntos!
“A ética é justamente a compreensão de que a vida de um ser humano depende da vida de todos os outros.” (Pedro Savi Neto)
“Não saber o nome de alguém é o primeiro passo para a desumanização.” (Djamila Ribeiro)
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