Rafaela Limeira
COREN 710443/SP
2023 chegou e com ele muito sol, praia, piscina e passeios ao ar livre, com isso a exposição ao sol aumenta podendo causar problemas à saúde. A exposição excessiva ao sol sem proteção pode causar queimaduras, câncer de pele, entre outros problemas de saúde.
Apesar de essencial para a saúde do organismo (alô, vitamina
D!), a radiação solar também pode ser prejudicial para a pele. Uma das grandes responsáveis por isso é a radiação ultravioleta, que penetra profundamente na pele.
Para prevenção, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) recomenda o
uso de protetores solares de FPS mínimo de 30. Além disso, outros mecanismos de proteção, como roupas, chapéus e óculos, são bem-vindos.
Mas, como curtir o verão com proteção?
Filtro solar: Fator de Proteção Solar - FPS (ou simplesmente FS) é o índice que determina o tempo que uma pessoa pode permanecer ao sol sem produzir eritema, ou seja, sem deixar a pele vermelha. Em outras palavras, é o número que indica o nível de proteção que um dado produto oferece contra os raios ultravioletas (UV). O uso dele é recomendação diária, porém no verão é o momento de intensificar o uso de filtro solar.
Os produtos com fator de proteção solar (FPS) 30, ou superior, são recomendados para uso diário e para a exposição mais longa ao sol (praia, piscina, pesca etc.). A pele, quando exposta ao sol sem proteção, leva um determinado tempo para ficar avermelhada.
Quando se usa um filtro solar com FS 15, por exemplo, a mesma pele leva 15 vezes mais tempo para ficar vermelha. Se, em vez disso, se utilizar FS 30, significa que, para cada minuto com o protetor, estará protegido durante 30 minutos. Para calcular o FPS, faça o seguinte: fique ao sol, sem qualquer proteção, até aparecerem as primeiras manchas avermelhadas em sua pele. Se esse tempo foi de 20 minutos, para um protetor solar com FS 15, por exemplo, você poderá ficar exposto ao sol, sem problemas, pelo menos durante 20 min x 15 = 300 min = 5 horas.
É importante também proteger as cicatrizes, especialmente as novas,
que podem ficar escuras se expostas ao Sol. A proteção pode ser feita com
uso de barreiras físicas como adesivos, esparadrapos ou por meio do uso de filtro solar. o uso de fluidos siliconados nas pontas dos cabelos também impede que eles se danifiquem com o vento, sol ou maresia.
Em crianças, inicia-se o uso do filtro solar a partir dos seis meses de
idade, utilizando um protetor adequado para a pele que é mais sensível, de
preferência filtros físicos. Recomenda-se buscar orientação com pediatra ou dermatologista sobre qual o melhor produto para cada caso. É preciso que crianças e jovens criem o hábito de usar o protetor solar diariamente.
Roupas e acessórios: Utilizar chapéus e roupas de algodão é uma opção
visto que o tecido bloqueia a maior parte da radiação UV, porém há também roupas especificas com proteção solar. Tecidos sintéticos, como nylon, bloqueiam apenas 30% da radiação. As barracas usadas na praia devem ser feitas de algodão ou lona, materiais que absorvem 50% da radiação UV. Outro objeto que tem extrema importância são os óculos de sol, que previnem catarata e outras lesões nos olhos.
Hidratação: As temperaturas mais quentes exigem hidratação redobrada, por dentro e por fora. Portanto, deve-se aumentar a ingestão de líquidos no verão e abusar da água, do suco de frutas e da água de coco. Todos os dias, aplicar um bom hidratante, que ajuda a manter a quantidade adequada de água na pele.
Alguns alimentos podem ajudar na prevenção aos danos que o sol
causa à pele, como cenoura, abóbora, mamão, maçã e beterraba, pois contêm carotenoides, substância que se deposita na pele e tem importante ação antioxidante. Ela é encontrada em frutas e em legumes de cor alaranjada ou vermelha.
No verão estamos mais dispostos a comer de forma mais saudável,
ingerindo carnes grelhadas, alimentos crus e cozidos; frutas e legumes com
alto teor de água e fibras e baixo de carboidratos. Apostar nesses alimentos
ajuda na hidratação do corpo, previne doenças e adia os sinais do
envelhecimento.
No banho, recomenda-se usar sabonetes compatíveis com o tipo de
pele, porém, sem excesso. A temperatura da água deve ser fria ou morna, para evitar o ressecamento.
Fontes: Sociedade Brasileira de Dermatologia e Universidade Federal do Rio de Janeiro
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